A análise da cidade contemporânea na sociedade da informação, esta cidade infiltrada, ampliada, de tecnologias infiltradas, necessida de instrumentos conceituais e metodológicos que assumam o risco de se posicionar frente a uma situação nova.
Estamos experimentando uma extrema liquidificação do mundo, da nossa linguagem, do gênero, do corpo: Uma situação onde tudo se torna mediado, onde toda a matéria de espaço é fundida com a sua representação na mídia, onde toda a forma é fundida com a informação. Estamos trocando a matéria pela substância, o sólido pelo grão e resolução. O líquido na arquitetura foi previamente associado com o fácil retorno da arquitetura às necessidades humanas, a satisfação em tempo real. Mas esta leve e inteligente tecnologia de desejo pode somente terminar com o corpo como um resíduo, onde os primeiros passos no ciberespaço serão provavelmente os últimos passos todos juntos.
A sublimação de atividades e acontecimentos do cotidiano do homem seja pela digitalização dos acontecimentos ou até mesmo pela perda do sentido ou da necessidade de determinados espaços nos mostram uma arquitetura que caminha para uma extinção e uma sociedade com relacionamentos cada vez mais impessoais.
O desafio é assumir como terreno de reflexão e ação o terreno híbrido entre os dois universos, assumir que um está no outro, que ambos são cada vez mais indissociáveis, e só assim podemos pensar os desafios contemporâneos do que é o espaço urbano.
Tecnologia digital não pode ser vista apenas como ficção científica em filmes e jogos de computador ou como um futuro distante. Atualmente, tanto sociedade como as relações sociais tem sido profundamente alteradas pelos impactos das diversas formas de tecnologia digital, ou seja, a materialidade real vem sendo formada e transformada pelas possibilidades do não-material (digital).
À medida que a tecnologia avança mais frágeis se mostram os objetos e espaços físicos. Aos poucos substituímos o dinheiro pelo cartão, cartas por emails, agências bancárias por bancos eletrônicos. A METAWEB questiona as nossas dinâmicas atuais e como se dá essa sociedade que cresce cada vez mais atrelada a dependência do espaço virtual e da tecnologia. É no espaço público físico que as relações corporais e sensoriais se desenvolvem, onde crescemos juntos como sociedade e nos organizamos como coletivo. Paralelamente enquanto transformamos nossa maneira de morar.
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